quinta-feira, 13 de março de 2014

Viver não dói



Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 12 de março de 2014

ESTRELAS AO MAR




Era uma vez um escritor que morava em uma praia tranquila, próximo a uma colônia de pescadores. 
Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar e, à tarde, ficava em casa escrevendo. 
Certo dia, caminhando pela praia, viu um vulto ao longe que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia, para, uma a uma, jogá-las de volta ao oceano, para além de onde as ondas quebravam. "Por que você está fazendo isto?", perguntou o escritor. "Você não vê?", explicou o jovem, que alegremente continuava a apanhar e jogar as estrelas ao mar, "A maré está vazando e o sol está brilhando forte... elas irão ressecar e morrer se ficarem aqui na areia." O escritor espantou-se com a resposta e disse com paciência: "Meu jovem, existem milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Você joga algumas poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai perecer de qualquer jeito. De que adianta tanto esforço, não vai fazer diferença?" O jovem se abaixou e apanhou mais uma estrela na praia, sorriu para o escritor e disse: "Para esta aqui faz....", e jogou-a de volta ao mar. Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, nem sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele, e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao mar. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Não importa se uma tempestade imensa está cobrindo todo o seu céu azul hoje. Lembre-se de que é apenas hoje, e que sempre existe o amanhã. Amanhã o sol pode estar brilhando tanto que você mal vai conseguir ver como brilha, e as nuvens tão brancas de paz que você pensará por um instante que o dia nunca mais terá tanta beleza como esse de amanhã. A felicidade começa a partir do nada, então não se incomode se sua vida estiver repleta dele, repleta de nada. Lembre-se de que esse nada de hoje pode ser o início do dia ensolarado de amanhã. Amanhã é sempre outro dia. Só não se apresse em buscá-lo, pois quem procura demais acaba por não encontrar coisa alguma, apenas afasta toda a sorte do destino e do acaso com sua agonizante espera por algo melhor. Eu digo tudo isso porque ontem meu sol não saiu, as nuvens escureceram, a tempestade caiu e a lua não brilhou como eu queria. Mas isso foi ontem. Hoje o sol tomou conta do meu dia, o vento carregou as nuvens do meu céu – que por sinal irradiava tons de azul maravilhosos! – e a noite nunca esteve tão serena.

terça-feira, 6 de março de 2012

TE AMO!


Feliz aniversário, Pai.

Muito Obrigada, Pai:

Por ter me entendido enquanto eu crescia e por ter aceitado minhas tão rápidas mudanças. Deve ter sido difícil manter-se calmo comigo, mas você sempre tentou e quase sempre conseguiu. Por ter me ouvido e ter me dado claras e breves respostas às dúvidas e perguntas que eu levava a você. Por ter reforçado minha confiança para continuar revelando meus pensamentos e sentimentos. Por ter me aplaudido quando fui verdadeira, por ter me compreendido quando eu disse mentiras, por ter me provado que elas maculam nosso caráter. Por ter me falado sobre os seus erros e sobre as coisas que você aprendeu com eles. Isso fez com que eu aceitasse meus próprios erros, que também aprendesse e que me perdoasse. Por prestar-me atenção e gastar tão grande parte do seu tempo comigo. Isso levou-me a acreditar que sou importante e que tenho muito valor. Por agir sempre do modo que desejou que eu agisse. Foi assim que você me deu um modelo positivo para seguir. Por confiar em mim e me respeitar mesmo quando eu era menor do que você. Por ter considerado meus sentimentos e necessidades, e ter me mostrado muitas vezes que elas eram semelhantes às suas. Pelos elogios e pelos incentivos. Foi sempre por isso que eu me senti bom e quis continuar sendo digno da sua fé em mim. Por ajudar-me a explorar meus talentos e potenciais. Por ter me ensinado que para ser feliz eu tinha que ser eu mesmo e não como você ou igual a outros que você admirava. Por ser você mesmo e por não desistir da felicidade. Com isso eu aprendi a buscar uma vida feliz, bem sucedida e satisfatória. Obrigada, Pai. Por sempre ter me ouvido. Ouça-me mais uma vez agora:
EU TE AMO!


Feliz aniversário pai, e um ótimo

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

só Deus cura!

Esse vazio, só Deus preenche. Essa tristeza, somente Deus tira. Essas feridas, só Deus cura. Essa vida, somente Deus faz valer a pena

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ah...se eu podesse.
Se eu pudesse colher estrelas,
todo dia eu levaria uma para você.
Se eu pudesse chegar ao sol
eu pegaria um raio de luz só para você.
Se eu pudesse encontrar o pote do arco iris
eu daria todas as cores para você.
Eu faria isso tudo só por você!
Se eu pudesse chamar todos os passarinhos
eu os faria cantar para você.
Se eu pudesse construiria uma montanha só sua para
para que você descansasse mais perto do céu.
Se eu pudesse eu isolaria uma floresta onde só você
pudesse entrar, ir ao seu próprio encontro e respirar a paz.
Eu faria isso tudo só por você!
Se eu pudesse eu lhe levaria todas as alegrias
do Universo naqueles dias em que se sente triste.
Eu criaria um lugar especial feito só para você.
Um lugar onde você pudesse achar serenidade, estar só consigo
e se refazer dos seus cansaços.
Se eu pudesse apagar os seus problemas
eu usaria toda a minha força para faze-los desaparecer.
Eu faria isso tudo só por você!
... Mas não sei colher estrelas, não posso chegar ao sol
nem sei aonde está o pote do arco iris.
Não sei chamar os passarinhos
nem sou capaz de construir montanhas.
Não tenho licença para isolar uma floresta
nem posso livrar você de todos os problemas.
Mas eu sei que posso dar-lhe o que de mais forte existe em mim :
esta vontade de ver você feliz e de estar sempre aí ...
... com você até o fim

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quem sabe um dia ...

‘- Eu posso ser quem eu quiser ..
Posso me fαntαsiαr como nos teus sonhos,
ou simplesmente usαr umα mαscαrα com o desenho do meu rosto ..
Você pode me contαr mentirαs e eu αcreditαr em todαs elαs ..
Ou eu posso estαr αpenαs estar te testαndo , fαzendo você αcreditαr em mim...
Existem marcas que não podem ser apagadas, a vida impactada pode ser diferente. A vida impactada nos ensina que agora somos o que não fomos antes: deixamos a vida velha e fomos feitos novos.